quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Método de Ensino Intuitivo

  Método de Ensino Intuitivo - segunda metade do século XIX: principal elemento renovador do ensino, assim como a formação de professores.


 O método parte do princípio de que toda a educação deve começar pela educação dos sentidos, valorizando a intuição.
 Esse novo método veio para o Brasil, através dos intelectuais ilustrados, como uma renovação pedagógica, já a muito almejada.
 Somente a partir de 1890, com as reformas republicanas da instrução pública, é que o método intuitivo se consolidou, nos jardins de infância, na escola primária e na escola normal.
 No Brasil, representou um dos principais elementos da difusão da escolarização das classes populares nas últimas décadas do século XIX, e nas primeiras do século XX, juntamente com a formação de professores.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Método Lancaster ou Mútuo.

 
       Com o surgimento das fábricas e a necessidade de uma mão-de-obra mais especializada, com a vinda da população campesina para as cidades, também precisou  de uma educação que instruísse essa mão-de-obra. Dessa forma, a educação primária passou a ser obrigatória, porém sua gratuidade nem sempre era garantida, fazendo da educação restrita a poucos. 
       Devido a nova educação que se necessitava diante do contexto, também precisava de um novo modelo de escola. O método mútuo, criado na época por Lancaster, veio com intuito de poder abranger o ensino e economizar com os gastos de educar. Esse método permitia ensinar muitos alunos com apenas um professor e com auxílio de vários monitores. Os monitores auxiliavam o professor e mais do que isso, eram peça fundamental para a vigilância de perto dos alunos, permitia que os outros alunos não ficassem despersos enquanto o professor ensinava uma criança. Esse método acabou deixando um pouco distante a relação entre aluno e professor.

Cronologia - Educação e contexto no período Imperial.

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb05.htm#crono
Esta é uma sugestão de link com uma linha histórica (1821 - 1889) que aborda os principais fatos ocorridos no Brasil Imperial e no mundo, e também mudanças acerca da educação., ideal para aqueles que querem se inteirar nesse contexto mais a fundo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Educação no Brasil Imperial (1822 à 1889)

No período imperial, o ensino era de responsabilidade das províncias, e, baseado na escrita, leitura e contas matemáticas. Atendia somente, uma pequena parcela da população em idade escolar.
Diversas propostas pedagógicas foram desenvolvidas ao longo desse período,inspiradas principalmente, nos modelos europeus que foram sendo implantados. Porém, nenhuma proposta apresentou resultados satisfatórios.
Houve também, nesse período, uma preocupação com a formação de professores.
Com relação ao ensino superior, os estudos se fundamentavam na literatura, retendo-se aos livros "didáticos" (formação enciclopédica), de caráter profissional, enfatizando a retórica. Seu foco era elitista, isto é, atendia à aristocracia da época.
O ensino brasileiro encontrava-se em estado precário.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Organização da Companhia de Jesus.

http://www.youtube.com/watch?v=HGr_MQMWPfY&feature=relatedacessado



*A Companhia de Jesus foi fundada em 1534, liderada por Inácio de Loyola, no contexto da contra-reforma, com objetivo de disseminar e difundir a fé católica pelo mundo, combatendo infiéis, pagãos e hereges.
*A Companhia de Jesus era organizada de maneira que impunha uma rígida disciplina, de inspiração militar. Acreditavam que a aprendizagem era resultado de uma luta interiro para disciplinarização da consciência.

Função da educação no contexto colonial.

Diante do avanço e da conversão do povo ao protestantismo, a Igreja Católica se viu obrigada a reagir, essa reação foi denominada Reforma Católica ou Contra-Reforma. Nesse período várias ordens foram criadas, a de maior destaque foi a Companhia de Jesus. Seu principal objetivo era difundir a ideologia católica junto às expansões marítimas das nações modenas.

Mercantilismo

As grandes expansões marítimas e o sistema colonial permitiram maior desenvolvimento do comércio, pois com a prática do Mercantilismo, houve bastante fornecimento, pelas colônias, de metais preciosos, ouro e prata, fundamentais para o desenvolvimento do comércio, gerando riquezas para os países e fortalecendo o Estado.
Com a extração do ouro e prata das colônias, criação de bancos, empréstimos, foi possível que Portugal acumulasse capital para as atividades mercantes.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Chegada da Corte ao Brasil

 Em 29 de outubro de 1807, a frota de 15 navios da esquadra real e de outros mercantes, levando a Família Real, fidalgos e funcionários, saiu de Portugal protegida por uma divisão inglesa.

Catequese


Para fortalecer a Igreja Católica, abalada pela Reforma Protestante, os jesuítas vieram para a América, visando conquistar e manter a fé católica, nesse continente ainda não atingido pelos efeitos da Reforma.


Latifúndio

   Latifúndio, escravatura e monocultura, elementos fundamentais em que se apoiava a estrutura econômica colonial.

Os Jesuítas

 No Brasil, os jesuítas empreenderam a tarefa de cataquese e educação cristã dos colonos e dos índios.
      Foram importantes na formação espiritual, educacional e cultural da colônia.
      Fundaram vários colégios e organizaram os índios em missões.

Padre Anchieta

O Negro no Brasil

Negro no Brasil

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/primeiro-reinado/periodo-colonial.php
http://www.brasilescola.com/historiab/brasil-colonia.htm
http://www.suapesquisa.com/colonia/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A ESTRUTURA E A ORGANIZAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS; ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO JESUÍTICA NA FASE HEROICA E NO PERÍODO CONSOLIDADO RATIO STUDIORUM E A FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO COLONIAL.

A estrutura econômica colonial se caracterizava pelo latifúndio, a monocultura e o trabalho escravo, constituindo uma sociedade patriarcal, em que o poder centralizava-se no senhor de engenho.
Nesse contexto, a educação não era prioridade, uma vez que, o trabalho agrícola não exigia formação especial.
A metrópole, enviava religiosos para exercerem um trabalho missionário e pedagógico, com a principal finalidade de conversão dos gentios ao catolicismo e também, para que os colonos não abandonassem a Igreja Católica, cumprindo assim, as recomendações da Contrarreforma, ou seja, a reação da Igreja frente às Reformas Protestantes, que se espalhavam pela Europa.
Um dos pilares de sustentáculo da Contrarreforma foi a Companhia de Jesus, uma ordem religiosa criada por Inácio de Loyola (1491-1556), militar espanhol basco que se tornou um “soldado de Cristo”, denominação e forma de organização dos adeptos, os padres seculares.  
Viviam em rígida disciplina militar, visando inicialmente, a propagação missionária da fé e o combate aos infiéis e aos hereges. Espalharam-se desde a Europa, assolada pelas heresias, até a Ásia, África e a América.
Durante o período em que estiveram no Brasil colonial, os jesuítas dedicaram-se à catequese dos índios, à educação dos filhos dos colonos, `a formação de novos sacerdotes e da elite intelectual, além, do controle da fé e da moral dos habitantes da nova terra. Fundaram vários colégios e organizaram os índios em “missões”, que resultaram em grande fortuna para os jesuítas, pela qual, foram acusados pelo marquês de Pombal, de pretenderem formar um império próprio. Foram, então, expulsos, e o ensino passaria, agora, para as mãos dos particulares - os leigos.
A atuação dos jesuítas, na educação, pode ser compreendida em dois momentos, ou fases distintas: o período heróico (1549-1570): catequese, e, consolidado (1570-1759): instrução da elite.
Na fase heróica, dois padres destacaram-se, Manoel da Nóbrega e José de Anchieta. Essa fase é também conhecida como período da Pedagogia de Nóbrega.
Inicialmente, os filhos dos índios aprendiam a ler e escrever, junto dos filhos dos colonos, através do teatro, música, poesia, diálogos em versos, formas de atrair a atenção e também, aprenderem a moral e a religião cristã.
O elemento indígena era fonte de triplo interesse, ou seja, os colonos desejavam escravizá-lo; a metrópole, integrá-lo ao processo colonizador; e os jesuítas, visavam convertê-lo ao cristianismo e aos valores europeus.
E assim, os jesuítas começaram a pregar nas tribos, de forma itinerante, que se mostrou ineficaz para os seus objetivos, e também perigosa para os religiosos. Criaram, então, as missões, localizadas no sertão, mais distante dos colonos.
Nessas missões, desenvolveram aldeias, com a construção de casas familiares individuais. Organizaram as práticas indígenas e instituiram a agricultura, a criação de gado, o artesanato; enfim, disciplinaram os nativos de acordo com os valores éticos, morais e religiosos europeus, abalaram o sistema comunal primitivo.
A administração das missões era executada pelos próprios jesuítas, sem intervenções externas, o que proporcionou uma prosperidade significativa. Mas, o confinamento de tribos inteiras, e até, inter tribais, acabaram por favorecer a captura e aprisionamento dos indígenas, assim como, a destruição das próprias missões, pelos colonos e bandeirantes, em expedições, muito comuns, durante o século XVII.
No período de consolidação, a tendência da educação jesuítica, foi separar os “catequizados” dos “instruídos”, ou seja, os filhos dos colonos não mais se reuniriam com os curumins. Para os indígenas, a ação jesuítica era tão somente a cristianização, a pacificação e a docilização para o trabalho escravo nas aldeias.
Já para os filhos dos colonos, a educação se estenderia para além da leitura e escrita, nos colégios ou até mesmo na casa-grande, sob responsabilidade dos capelães ou dos tios-padres.
Para dar sequência aos estudos, após a aprendizagem de ler, escrever e contar, os jesuítas estruturaram nos colégios, três cursos: letras humanas; filosofia e ciência(ou artes) e ciências sagradas, que visavam, respectivamente, a formação do humanista, do filósofo e do teólogo.
Os colégios jesuíticos foram os primeiros espaços de formação regular da elite colonial, até meados do século XVIII, onde desenvolveram uma educação moderna, baseada no Ratio Studiorum,ou Plano de Estudos da Companhia de Jesus.
O Ratio Studiorum- método pedagógico dos jesuítas, publicado em 1599, foi sistematizado com base nas experiências pedagógicas iniciadas no Colégio de Messina, o primeiro colégio aberto na Sicília, em 1548.
Esse código de ensino, ou, estatuto pedagógico, era composto de um conjunto de regras que envolvia a organização, administração escolar e pedagógica até a observância estrita da doutrina católica.
Com seu conjunto de regras gerais, pode ser considerado um verdadeiro manual, que contém orientações detalhadas quanto à hierarquia a ser respeitada, à responsabilidade de cada um dos membros da Companhia, bem como às funções a serem desempenhadas por eles e, ainda, orientações às condutas a serem seguidas por todos os membros da hierarquia que compõem a Companhia de Jesus: provincial, reitor, prefeito de estudos, professores, funcionários e até mesmo, os alunos. Apresenta, no campo da metodologia, indicações em relação aos processos didáticos a serem adotados, para garantir um funcionamento de qualidade, e, uma uniformidade na atuação das casas e colégios inacianos, assegurando a formação do bom cristão.
O método de estudos contido no Ratio Studiorum, compreendia estudar, repetir e disputar, prescritos nas regras do Reitor do colégio; e como exercícios escolares, a preleção, a lição decorada, a composição e o desafio. Essas práticas pedagógicas, na vertente religiosa, tornava a educação, sinônimo de catequese e evangelização.     


A fase pombalina (1759-1808), corresponde à terceira etapa da educação colonial do Brasil.
Essa fase estende-se até o início do Império, compreendendo o período joanino (1808-1822), que se iniciou com a vinda de D. João VI, em consequência do bloqueio continental decretado por Napoleão em 1806, até 1822, com a independência política do Brasil.
Sebastião de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, primeiro ministro português, incluiu em seu programa político, neutralizar a ação dos jesuítas como elementos ativos da vida pública e privada, ordenando as suas expulsões.
As reformas pombalinas de instrução pública eram baseadas em ideias laicas e inspiradas no Iluminismo - período rico em reflexões pedagógicas - , e caracterizaram-se pela estatização e secularização de diversos setores:
- da administração do ensino, concentrada no Diretor-Geral de Estudos;
- do magistério, pela Diretoria-Geral dos Estudos;
- do conteúdo do ensino, pela Real Mesa Censória;
- da estrutura organizacional dos estudos, em aulas régias, de primeiras letras e humanidades, mantidas pelo Estado com recursos financeiros do subsídio literário;
- dos estudos superiores, com a reforma da Universidade de Coimbra.


Essas reformas pombalinas, ocorreram em duas fases, nas quais foram executadas as seguintes mudanças:
Na primeira fase: Instituição de Aulas Régias (pertenciam ao Estado e não à Igreja), e , Estruturação dos Estudos Menores que correspondiam ao ensino fundamental e médio.
A segunda fase, iniciada em 1772, com a Reforma dos Estudos Maiores, quando se reestruturou a Universidade de Coimbra, contou com: 
- reformulação do ensino de filosofia e letras, com a substituição do latim pela língua moderna, por matemática e ciências da natureza, e a atualização dos estudos jurídicos;
- instituição do subsídio literário, um imposto criado para financiar as reformas projetadas, incluindo o Brasil;
- seleção dos professores que eram pagos pelo Estado, e portanto, funcionários públicos.

Através dessas reformas, pode-se constatar que a política educacional se esforçava para tornar a educação leiga e função do Estado.            

O Contexto Colonial

-A colonização resultou da necessidade de expansão comercial da burguesia, enriquecida pela Revolução Comercial.

-No Brasil, a partir de 1530, iniciou-se a colonização com o sistema de capitanias hereditárias e a monocultura da cana- de- açúcar.

-A economia colonial expandiu-se em torno do engenho de açúcar, com trabalho escravo, inicialmente índios, e depois, negros africanos.

-Educação não era necessária ao trabalho agrícola.
-Religiosos enviados pela metrópole para conversão dos gentios e permanência dos fiéis colonos, na fé católica.
História da Escravidão Negra no Brasil

verdade que não contam nas salas de aula
(fonte: Jornal Informativo Santa Maria, n 2, Comunicação Comunitária- Rio 08-07-2010)  

"Um período muito perverso que aconteceu
em nosso país. Onde seres humanos eram
vendidos como se fossem bananas na feira
mais próxima. " 

 A escravidão pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo)  
é propriedade de outro.Podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido



Não existem registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao Brasil. A tese mais aceita é a de que em 1538, Jorge Lopes Bixorda, arrendatário de pau-brasil, teria traficado para a Bahia os primeiros escravos africanos.


Eles eram capturados nas terras onde viviam na África e trazidos à força para a América, em grandes navios, em condições miseráveis e desumanas. Muitos morriam durante a viagem através do oceano Atlântico, vítimas de doenças, de maus tratos e da fome.
Os escravos que sobreviviam à travessia, ao chegar ao Brasil, eram logo separados do seu grupo lingüístico, e cultural africano, e misturados com outros de tribos diversas para que não pudessem se comunicar. Seu papel de agora em diante seria servir de mão-de-obra, para seus senhores, fazendo tudo o que lhes ordenassem, sob pena. de castigos, violentos.
1854: Decreto proíbe o negro de aprender a ler e escrever.
1866: O império determina que os negros que serviam no exercito seriam alforriados.
1869: Proibidas a venda de escravos debaixo de pregão e com exposição pública. A lei proíbe a venda de casais separados e de pais e filhos.
1871: É editada a lei do ventre livre. Com ela os filhos de escravos seriam libertos, depois de completarem a maioridade.
1882: Morre o abolicionista Luiz Gama. Sua mãe, Luiza Mahin foi as principais lideranças na Revolta dos Malês, em Salvador. Primeira libertação coletiva de escravos negros no Brasil.
1883:
1884: Abolição da escravatura negra na província do Amazonas.
1885: É editada a Lei do Sexagenário. A lei Saraiva-Cotegipe liberta os escravos com mais de 65 anos de idade. Segundo dados, a vida útil de um escravo era 15 anos, em média. : O governo proíbe o açoite dos castigos aos escravos. Promulgada a Lei Áurea. ela extingue a escravidão no Brasil. O país é o último a abolir a escravidão do ocidente. Decreto sobre a imigração veta o ingresso no país de africanos e asiáticos. O ingresso de imigrantes europeus era liberada pelo governo.
1886: O governo proíbe o açoite dos castigos aos escravos.

1888: Promulgada a Lei Áurea. 
Ela extingue a escravidão no Brasil. O país é o último a abolir a escravidão do ocidente.
1890: Decreto sobre a imigração veta o ingresso no país de africanos e asiáticos. O ingresso de imigrantes europeus era liberada pelo governo

1910: João Cândido, o Almirante negro, lidera a revolta da esquadra (Revolta das Chibatas) contra os castigos físicos praticados contra os marinheiros.

LINHA DO TEMPO COLÔNIA-IMPÉRIO